Instituições
de 11 países formam consórcio para estudar o vírus Zika
- 21/10/2016 16h59
- Recife
Sumaia
Villela - Correspondente da Agência Brasil
Institutos de 11 países formam
consórcio de pesquisa para estudar o vírus Zika (Universidade de
Pernambuco/ Divulgação)
Foi lançada hoje (21), no Recife,
uma rede de enfrentamento ao vírus Zika na América Latina, formada por 25
instituições de saúde pública de 11 países. O ZikaPlan pretende somar os
esforços de pesquisadores para investigar elementos ainda desconhecidos do
vírus e da sua relação com malformações em bebês.
O projeto foi lançado durante um
congresso sobre o tema realizado na Universidade de Pernambuco (UPE), uma das
instituições a participar da rede. Além da UPE, o Brasil contará com outras
quatro organizações no grupo: Universidade de São Paulo (USP), Instituto
Butantã, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Associação Técnica–Científica de
Estudo Colaborativo Latino Americano de Malformações Congênitas.
As demais instituições são de 11
países da América Latina, América do Norte, África, Ásia e Europa: Colômbia,
Cuba, Bélgica, França, Holanda, Suécia, Suíça, Reino Unido, Coréia do Sul,
Senegal e Estados Unidos.
Saiba Mais
A iniciativa foi criada a partir
da chamada do fundo de investimento em pesquisas Horizon 2020, da Direção Geral
de Pesquisa e Inovação da Comissão Europeia. O ZikaPlan vai receber €11,5
milhões do programa de pesquisa da Horizon 2020, e deve atuar durante quatro
anos.
São Paulo
- Pesquisadores da USP participam da associação Rovena Rosa/Agência
Brasil
Pesquisa
O consórcio ZikaPlan vai
investigar a doença, além de buscar meios de prevenir a disseminação e educar
populações afetadas pelo vírus. Entre os aspectos a serem estudados está a
associação do zika com complicações neurológicas, inclusive malformações graves
como a microcefalia. Estratégias de vacinação, diagnóstico e formas de controle
do mosquito vetor do vírus também vão ser exploradas para contribuir na tomada
de decisão do poder público.
A rede vai trabalhar em conjunto
com outros dois consórcios também financiados pela União Européia: ZIKAction e
ZikAlliance. Os três consórcios criarão órgãos comuns para o gerenciamento global
dos programas científicos, comunicação e questões éticas, regulatórias e
legais.
A direção executiva do ZikaPlan é
composta pela professora Annelies Wilder-Smith, representante da Universidade
de Umeå, que será a diretora; o professor Eduardo Massad, diretor substituto,
representante da Universidade de São Paulo; e mais 15 lideranças de grupos de
trabalho de instituições parceiras. Conselhos consultivos independentes -
éticos, científicos e industriais - darão apoio a essa direção.
Edição: Amanda
Cieglinski
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