quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Exemplo dos mais velhos

Em homenagem à mãe, empresário de Brasília abre vagas de trabalho para idosas

  • 24/12/2015 13h50
  • Brasília
Michèlle Canes – Repórter da Agência Brasil






     "Existem dois tipos de funcionário: o técnico e o motivado pela profissão. Entre o técnico e a pessoa motivada,
      eu  quero a motivada”, diz Paulo Pagani, que teve a ideia de contratar idosas    
Marcello Casal/Agência Brasil

Fora do mercado de trabalho há 10 anos, a ex-bancária Glória Barbosa não queria ficar parada e, aos 62 anos, resolveu procurar um novo emprego. A exigência de comprovar experiência em funções diferentes das que já tinha exercido antes dificultava a procura. A idade era outra barreira.

“Eles não falam diretamente, mas a gente percebe. Falam que não é o perfil, que querem uma pessoa mais habituada com a internet, computador. Eu sentia que eram portas fechadas”, disse Glória. Na última sexta (18), porém, ela recebeu uma mensagem da sobrinha pelo celular e soube de um anúncio de emprego para mulheres com idade entre 60 e 80 anos. “Eu estava procurando emprego, mas, na minha faixa de idade, é muito difícil. No mesmo dia em que soube dessa vaga, fui lá.”

A ideia de dar uma chance de volta ao trabalho foi do empresário Paulo Pagani, que está abrindo, no bairro de Águas Claras, em Brasília, uma loja com diversos tipos de serviço, como padaria, crepreria, restaurante e minimercado. Paulo, de 61 anos, queria que a mãe fosse trabalhar com ele. Como a mãe, Luiza, não mora em Brasília e preferiu continuar em São Paulo, Paulo resolveu homenageá-la. Ele conta que a mãe foi quem teve a ideia "precursora" da loja e, por isso, decidiu contratar duas idosas para trabalhar no estabelecimento.

O filho de Paulo sugeriu colocar um anúncio convocando as idosas em uma rede social. “Eu não imaginava a força desse negócio. Em uma hora, tivemos 500 acessos. Em duas horas, 1.500, e o processo foi evoluindo. Ontem (23), tínhamos 53 mil acessos”, disse o empresário.

Paulo Pagani recebeu também mais de 200 ligações de mulheres interessadas no emprego e também de filhos que queriam ajudar as mães a conseguir trabalho. No dia da entrevista, muitos parentes aparecerem para dar apoio às candidatas. Uma delas era Glória Barbosa, que acabou contratada. E o que era desânimo transformou-se em entusiasmo: “Agora terei coisas para contar aos meus filhos.”

Para a entrevista, o empresário dispensou o currículo e adotou como critério a conversa. Algumas histórias o emocionaram e ele resolveu aumentar de duas para 22 o número de contratadas. Segundo Pagani, isso “revolucionou” o quadro de funcionários. "Com essa motivação, elas [as contratadas] vão mudar o conceito de ir para o trabalho". Vão ocupar vagas na cozinha, na padaria, na pizzaria e, em especial, no atendimento ao público. “Existem dois tipos de funcionário: o técnico e o motivado pela profissão. Entre o técnico e a pessoa motivada, eu quero a motivada”, afirmou Pagani.


"Dinheiro não é tudo",diz Jucilene, que volta ao mercado de trabalho aos 60 anos  Marcello Casal/Agência Brasil

Aos 60 anos e fora do mercado há muito tempo, Jucilene de Oliveira achava que não voltaria a trabalhar. Depois que parou de trabalhar, para não ficar parada, chegou até a vender salgadinho. “A gente fica em casa sem fazer nada, adoece. Quero me sentir gente, uma pessoa reconhecida no mercado.” Ao receber a notícia de que conseguiu uma vaga, Jucilene foi logo comemorar com a família. “Filhos, noras, netos ficaram felizes porque viram que estou me sentindo bem. Foi uma terapia, serviu para renovar a autoestima.”

Para as candidatas que não conseguiram uma vaga, Jucilene manda um recado: “Não somos velhas. Somos novas de espírito e temos que procurar fazer amizade, trabalhar. Isso é muito bom para a saúde.”

E o dinheiro é importante? Jucilene afirma que sim, mas diz que  não é o principal. “Esse dinheiro é importante, porque é bom ter o dinheiro da gente. Eu gosto muito de dar presente para os netos. Mas muito mais do que isso, o importante foi trabalhar, conhecer o público. Dinheiro não é tudo.”

Edição: Nádia Franco

sábado, 5 de dezembro de 2015

O Skype que conecta escolas

Em ação global, Microsoft promove Skype como plataforma para educação

Da Redação
Evento de dois dias, batizado de Skype-a-Thon, conectou educadores e alunos de escolas do mundo, que participaram de debates e e jogos colaborativos


A Microsoft realizou nos dias 3 e 4 de dezembro a segunda edição do evento global  Skype-a-Thon, que tem como objetivo conectar alunos e educadores de escolas do mundo todo e, usando o Skype como ferramenta de interação, celebrar as possibilidades do aprendizado sem fronteiras.
Durante dois dias, alunos de escolas do ensino fundamental, ensino médio e ensino técnico, usaram o Skype para falar com outras crianças de outros países. Além de debates e trocas de informação, os alunos também participaram de um jogo global chamado #Mystery Skype, que foi elaborado por professores de geografia do ensino fundamental para ampliar a compreensão da cultura global e estimular o apoio à diversidade.
No Brasil, a presidente da Microsoft Brasil, Paula Bellizia, participou pessoalmente conectando-se com estudantes do ensino médio (Etec) e universitário (Fatec) em sessões de perguntas e debates com estudantes e professores. Jaciguara Shibao, Diretora de Estratégia da Microsoft Brasil, participou de conversa via Skype com crianças do ensino fundamental. As escolas escolhidas fazem parte da Rede Pública Estadual de ensino de São Paulo e do Centro Paula Souza.
No final do dia na sexta-feira, o site do Skype-a-Thon somava 4 milhões de quilômetros como sendo a distância "percorrida virtualmente" pelos estudantes por meio das conferências via Skype realizadas com outros países.