domingo, 29 de maio de 2016

Horror, horror, brasil que vergonha!



MP-RJ vai analisar questionamentos de advogada sobre investigação de estupro
  • 28/05/2016 23h19
  • Rio de Janeiro
Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) se reuniu na noite de hoje (28) com a advogada da adolescente que denunciou ter sido vítima de estupro coletivo para ouvir questionamentos em relação à investigação da Polícia Civil. O órgão vai avaliar os pedidos para, então, dar uma resposta às ponderações apresentadas.

As advogadas Eloisa Samy e Caroline Bispo não detalharam quais pedidos foram feitos ao MP-RJ. Eloisa afirmou, porém, que o caso foi tratado de forma "machista e misógina" em depoimento prestado ontem (27) pela vítima à Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI).

"O que me incomodou foi o machismo e a misoginia (repulsa, desprezo e ódio à mulher) com que o delegado está tratando desse caso específicamente, desconsiderando o estupro, colocando o estupro como um crime menor", afirmou Eloisa. "Quero, primeiro, que se encontre os responsáveis por esse crime, e que a vítima seja tratada com o respeito que ela merece", acrescentou.

Saiba Mais
A advogada disse ainda que seria melhor que uma delegada mulher cuidasse do caso. "O que eu acho não faz a menor diferença. Eu acho que deveria ser uma delegada. De onde, eu não sei. Isso não é da minha competência, e também não é da competência do Ministério Público determinar."

A promotora de justiça Lúcia Iloízio, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Violência Doméstica contra a Mulher, e o procurador de Justiça Márcio Thomé, coordenador de Direitos Humanos do MP-RJ, receberam as advogadas. A promotora afirmou que as ponderações serão analisadas, assim como os autos do inquérito.

"Essa análise vai ser feita de forma muito criteriosa pelo Ministério Público, e, se for o caso, inclusive, de posse dos autos do inquérito. Tem que ser avaliado exatamente tudo que consta nos autos do inquérito. Essa é a primeira premissa que a gente pode informar", disse a promotora.

O coordenador de Direitos Humanos do MP-RJ considera o crime de estupro uma "aberração", e destacou que o Ministério Público recebeu as advogadas por estar preocupado com a vulnerabilidade da vítima, que é menor de idade, mulher e está exposta desde a divulgação do crime.

Durante a tarde, a Polícia Civil já havia divulgado uma nota em resposta aos questionamentos da advogada, e afirmou que a investigação está sendo conduzida de forma técnica e imparcial pela DRCI. Além disso, a polícia ressalta que a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio de Janeiro (OAB/RJ), vai acompanhar o caso, e até já nomeou o presidente da Comissão de Segurança Pública da ordem, o advogado Breno Melaragno, para isso.
Edição: Stênio Ribeiro


sexta-feira, 13 de maio de 2016

sábado, 7 de maio de 2016

Waldir Maranhão



Deputado Federal Waldir Maranhão poderá assumir presidência da Câmara de Deputados









Com o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de seu mandato como deputado federal, a partir desta quinta-feira (5), quem assume o comando da Câmara dos Deputados é o primeiro vice-presidente da Casa, o parlamentar Waldir Maranhão (PP-MA).

O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, determinou hoje (5) a suspensão de Cunha do exercício do mandato, atendendo a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que apresentou denúncia acusando Cunha de tentar interferir na condução das investigações da Operação Lava Jato. A decisão é liminar.

Waldir Maranhão, considerado aliado de Cunha na composição da Mesa Diretora, foi alvo de holofotes recentemente, após votar contra o prosseguimento do processo de impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados.

Isso porque Waldir mudou de voto em cima da hora e a atitude contrariou a orientação nacional do PP, seu partido. Devido à atitude, o deputado foi destituído da presidência do diretório estadual do partido no Maranhão.

O parlamentar foi citado por Alberto Youssef como um dos deputados do PP beneficiados por propinas de contratos da Petrobras. Waldir Maranhão é citado, ainda, em inquéritos que apuram crime de lavagem de dinheiro no esquema investigado pela Operação Miqueias da Policia Federal, que trata de desvio de recursos de fundos de pensão e lavagem de dinheiro.
 Fonte: G1 SP com edição Wendel Oliveira/ Direto da Redação