Nova fase
da Lava Jato tem como alvo dois operadores financeiros
- 10/11/2016 07h29
- 10/11/2016 09h56
- Brasília
Da
Agência Brasil
Na 36ª fase da Lava Jato,
batizada de Operação Dragão, policiais federais cumprem hoje (10) 18 mandados
judiciais em cidades de São Paulo, do Paraná e Ceará. Entre os mandados, dois
são de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão.
De acordo com a Polícia Federal,
os alvos desta 36ª fase são dois operadores financeiros, Adir Assad e Rodrigo
Tacla Duran. Os procuradores da força-tarefa que investiga os crimes apurados
no âmbito da Lava Jato afirmam ter evidências de que Assad e Duran movimentaram
recursos originários de operações fraudulentas entre empreiteiras e empresas
com sedes no Brasil, envolvendo funcionários da Petrobras e executivos.
Duran é suspeito de, sozinho, ter
lavado dezenas de milhões de reais destinados ao esquema por vários envolvidos
no pagamento de propinas, como a UTC Engenharia e a Mendes Júnior, que teriam
repassado ao operador, respectivamente, R$ 9,1 milhões e R$ 25,5 milhões. A
força-tarefa afirma que outras empresas contratadas pela administração pública
e investigadas pela Lava Jato depositaram mais de R$ 18 milhões nas contas de
empresas de pessoas jurídicas por ele controladas com o mesmo propósito.
O nome Dragão, dado à
investigação policial, é uma referência aos registros na contabilidade de um
dos investigados que chamava de “operação dragão” os negócios fechados com
parte do grupo criminoso para disponibilizar recursos ilegais no Brasil a
partir de pagamentos realizados no exterior.
São apuradas as práticas, dentre
outros crimes, de corrupção, manutenção não declarada de valores no exterior e
lavagem de dinheiro. Aproximadamente 90 policiais estão nas ruas esta manhã
cumprindo os mandados judiciais.
(*) Texto
atualizado às 9h55 para acréscimo de informações
Edição: Kleber
Sampaio
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