MEC autoriza aulas não presenciais até dezembro de 2021
Ministro homologou parecer do Conselho Nacional de Educação
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, homologou o Parecer nº 19, do Conselho Nacional de Educação (CNE), que estende até 31 de dezembro de 2021 a permissão para atividades remotas no ensino básico e superior em todo o país. A validação da decisão do CNE foi publicada na edição desta quinta-feira (10) do Diário Oficial da União (DOU), em despacho assinado pelo próprio ministro.
De
acordo com o parecer, aprovado pelo colegiado em outubro, os sistemas públicos
municipais e estaduais de ensino, bem como as instituições privadas, possuem
autonomia para normatizar a reorganização dos calendários e o replanejamento
curricular ao longo do próximo ano, desde que observados alguns critérios,
como assegurar formas de aprendizagem pelos estudantes e o registro
detalhado das atividades não presenciais.
Outra
regra definida no parecer é a que flexibiliza formas de avaliação dos
estudantes durante a vigência do estado de calamidade pública. "Em face da
situação emergencial, cabe aos sistemas de ensino, secretarias de educação e
instituições escolares promover a redefinição de critérios de avaliação para
promoção dos estudantes, no que tange a mudanças nos currículos e em carga
horária, conforme normas e protocolos locais, sem comprometimento do alcance
das metas constitucionais e legais quanto ao aproveitamento para a maioria dos
estudantes, aos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, e à carga horária,
na forma flexível permitida por lei e pelas peculiaridades locais".
A volta
às aulas presenciais, segundo a decisão CNE, também homologada pelo MEC, deve
ser gradual, por grupos de estudantes, etapas ou níveis educacionais, "em
conformidade com protocolos produzidos pelas autoridades sanitárias locais,
pelos sistemas de ensino, secretarias de educação e instituições
escolares".
Esse
processo de retorno ao presencial também deve envolver, segundo as diretrizes
aprovadas, a participação das comunidades escolares e a observância de regras
de gestão, de higiene e de distanciamento físico de estudantes, de funcionários
e profissionais da educação, com escalonamento de horários de entrada e saída
para evitar aglomerações, além outras medidas de segurança recomendadas.
Apesar
de estender o prazo para atividades remotas em todas instituições de ensino até
dezembro do ano que vem, o MEC determinou, em portaria editada na terça-feira
(8), que o retorno às atividades presenciais nas instituições federais de
ensino superior deve começar antes, a partir do dia 1º de março. A data
anterior previa esse retorno já no dia 4 de janeiro, mas a pasta decidiu
prorrogar esse prazo após reclamação das universidades e dos institutos
federais.
Noticia: Agencia Brasil
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