Polícia
abre inquérito para apurar morte de haitiano em cela da Papuda
- 19/09/2017 14h24
- Brasília
Wendel A.
Sousa*
O corpo do haitiano Olgens
Calypse Joseph, de 29 anos, encontrado nesta segunda-feira (18) em uma cela do
Complexo Penitenciário da Papuda, permanece no Instituto Médico-Legal (IML) de
Brasília. A Polícia Civil abriu processo de investigação para esclarecer o
caso, e a linha de apurações aponta para homicídio. O inquérito ainda não tem
data para ser concluído.
De acordo com a Subsecretaria de
Sistema Penitenciário (Sesipe) do Distrito Federal, o corpo foi encontrado por
agentes penitenciários que relataram sinais de asfixia mecânica. O Serviço de
Atendimento Móvel (Samu) prestou atendimento e tentou reanimar Olgens, mas ele
já tinha morrido.
“Estamos apurando o caso para, no
menor prazo possível, esclarecer a causa da morte. Por enquanto, trabalhamos na
linha de que o detento cometeu suicídio, pois estava sozinho na cela, mas ainda
não temos o resultado final”, informou a 30ª Delegacia de São Sebastião,
responsável pelo caso.
Atualmente, o sistema
penitenciário do Distrito Federal, que 7.395 vagas para detentos, abriga cerca
de 15 mil internos.
O caso
Olgens deu entrada na
penitenciária da Papuda na última sexta-feira (15), após agredir o policial
Josafá Jorge de Sousa, de 50 anos, com cinco golpes de faca no rosto. O
haitiano foi encaminhado diretamente para o atendimento médico, “pois estava
bastante agressivo”. Segundo a Sesipe, após ser medicado e passar algumas horas
em observação, no fim da tarde, o interno ainda apresentava sinais de agitação
vindo a agredir agentes penitenciário e até alguns membros da equipe médica.
A Sesipe informou que, em
seguida, Olgens foi levado para uma cela do pavilhão de segurança, onde ficou
isolado. De acordo com a subsecretaria, o interno vinha recebendo
tratamento médico desde sexta-feira (15). Mesmo com o tratamento, ele
apresentava instabilidade emocional, acrescentou a Sesipe.
Até o fechamento da reportagem, não havia informações sobre a ida de parentes ao IML para buscar o corpo de Olgens.
Até o fechamento da reportagem, não havia informações sobre a ida de parentes ao IML para buscar o corpo de Olgens.
*Estagiário
sob supervisão de Nádia Franco
Edição: Nádia
Franco